Pelo menos 34 pessoas morreram quando um ex-policial invadiu a creche — ele teria esfaqueado e atirado nas vítimas.
Pelo menos 34 pessoas morreram em um massacre em uma creche na Tailândia.
A polícia afirma que o autor do ataque — um ex-policial, armado com uma espingarda, uma pistola e uma faca — cometeu suicídio e matou a própria família após fugir da cena do crime, na província de Nong Bua Lamphu.
Entre as vítimas do massacre, estão 20 crianças — algumas com apenas dois anos. Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas.
De acordo com a polícia, o autor do ataque — identificado como Panya Kamrab — efetuou disparos com armas de fogo e esfaqueou as vítimas antes de fugir da cena do crime em uma caminhonete Toyota branca de quatro portas com placa de Bangkok.
A motivação do ataque ainda não está clara.
A polícia afirmou que o policial foi demitido no ano passado por uso de drogas. E que ele ficou agitado ao chegar à creche e descobrir que seu filho não estava lá.
Em seguida, ele abriu fogo e bateu o carro contra um grupo de transeuntes, antes de voltar para casa e matar a esposa e o filho, segundo informou o porta-voz da polícia, Paisan Luesomboon.
"O atirador chegou por volta da hora do almoço e atirou primeiro em quatro ou cinco funcionários da creche", contou Jidapa Boonsom, uma autoridade local que trabalhava nas proximidades, à agência de notícias Reuters.
"A princípio, as pessoas pensaram que eram fogos de artifício", disse ela, acrescentando que o atirador forçou a entrada em um quarto trancado onde as crianças estavam dormindo.
O primeiro-ministro tailandês, Prayuth Chan-ocha, descreveu o ataque como "um evento chocante".
Um policial da província de Nong Bua Lamphu disse que 23 crianças estavam entre as vítimas, segundo a agência de notícias AFP.
Ele contou que Kamrab, um tenente-coronel da polícia, foi demitido no ano passado por uso de drogas.
Massacres deste tipo são raros na Tailândia, embora as taxas de posse de armas sejam relativamente altas para a região.
Armas ilegais também são comuns no país do sudeste asiático, segundo a agência de notícias Reuters.
O ataque à creche aconteceu menos de um mês depois que um oficial do exército matou dois de seus colegas em uma base em Bangkok.
Em 2020, um soldado matou 29 pessoas e feriu outras dezenas na cidade de Nakhon Ratchasima.