Em reunião nesta sexta-feira (25/2) do Conselho de Segurança, Brasil se posicionou pela primeira vez sobre conflito. O presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou até agora sobre o assunto.
O Brasil foi um dos 11 países a votar nesta sexta-feira (25/2), no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), para condenar a invasão da Rússia à Ucrânia.
Até agora, o Brasil não tinha uma posição evidente sobre a invasão. O presidente Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o assunto e, na quinta-feira (24), desautorizou seu vice-presidente Hamilton Mourão — que havia dito anteriormente que o país não estava neutro na questão e sim era contrário à invasão.
Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que "o artigo 84 diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente".
No Conselho de Segurança, o Brasil foi representado pelo embaixador do país na ONU, Ronaldo Costa Filho.
"Vivemos circunstâncias sem precedentes de ameaça à ordem internacional e de violação à Carta das Nações Unidas", afirmou o embaixador brasileiro.
"Estamos profundamente preocupados com a decisão da Rússia de engajar tropas em operações militares em terra e com a perda de vidas e perigos à população civil."
O Conselho de Segurança tem 15 membros: 5 permanentes, que têm poder de veto; e 10 não permanentes, que é o caso do Brasil. Nesta sexta-feira, 11 dos membros votaram para repreender a invasão russa. Índia, China e Emirados Árabes se abstiveram e a Rússia, sem surpresas, vetou a resolução, já que é membro permanente.
Para uma resolução ser aprovada, são necessários nove votos — isso sem considerar, claro, o poder de veto dos países.