Nelson Acosta e Marc Frank
O governo cubano negou nesta terça-feira a permissão para que opositores ao governo organizem uma manifestação pacífica em Havana e em outras cidades do país para pedir mais liberdades civis, argumentando que a iniciativa é parte dos esforços para derrubar o governo comunista, segundo uma carta entregue aos organizadores do ato.
Os protestos de 11 e 12 de julho estremeceram o país e são considerados as maiores manifestações promovidas contra o governo em décadas. Eles geraram centenas de prisões, uma morte e pedidos de intervenção dos Estados Unidos por parte de alguns cidadãos cubano-americanos.
Críticos ao governo organizados por um grupo de Facebook chamado Archipiélago planejaram inicialmente vários protestos para o dia 20 de novembro, mas trocaram a data para o dia 15 do mesmo mês depois que as autoridades declararam o dia 20 como o "Dia Nacional da Defesa".
"Os organizadores e suas projeções públicas, assim como os vínculos de alguns com organizações subversivas ou agências financiadas pelo governo norte-americano, têm a intenção manifesta de promover uma mudança no sistema político de Cuba", diz uma carta das autoridades aos opositores.
Segundo os organizadores, os protestos têm como objetivo exigir, entre outras liberdades civis, o direito a se manifestar de maneira pacífica e anistia para os que seguem presos.