Presidente brasileiro balançou o dedo negativamente e riu quando o primeiro-ministro britânico reforçou que já havia se vacinado
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta segunda-feira, 20, com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em um encontro às margens da Assembleia Geral das Nações Unidas, cujo discurso de abertura será feito pelo brasileiro nesta terça-feira, 21.
Durante a conversa, o premiê britânico destacou que os países estão trabalhando em conjunto em prol das vacinas contra a covid-19 e incentivou todos a se imunizarem para combater a doença.
Johnson contou que já tomou as duas doses do fármaco desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca e elogiou o medicamento. "AstraZeneca, é uma vacina excelente", afirmou, de acordo com o jornal Evening Standard, que acompanhou o encontro.
Segundo a publicação, o líder britânico chegou até a informar que visitaria o Brasil antes do "aborrecimento da pandemia". No término da reunião, ele agradeceu aos jornalistas e reforçou que já havia se vacinado.
Com ajuda de uma intérprete, Bolsonaro, por sua vez, voltou a confirmar que ainda não se vacinou e, ao apontar para si, balançou seu dedo negativamente, enquanto ria.
Ainda de acordo com o jornal britânico, os dois líderes discutiram "suas próprias lutas contra o coronavírus", já que ambos contraíram o vírus no início da emergência sanitária. O presidente brasileiro, inclusive, se gabou de ter desenvolvido uma imunidade "excelente".
Assembleia Geral
Bolsonaro embarcou para Nova York no último domingo, 19, para participar da 76ª Assembleia Geral da ONU, sem ter tomado qualquer vacina contra a covid-19. Entre os 19 líderes do G20, ele é o único que declarou que não tomou e não iria tomar a vacina para ir ao evento.
Até o momento, não há comunicados oficiais sobre os temas debatidos no encontro. No entanto, inicialmente a reunião marcada na residência do Consulado Geral Britânico tinha o objetivo de debater as mudanças climáticas, em meio a um esforço para encorajar os líderes mundiais a fazer mais sobre a crise ambiental.
Além de Bolsonaro e Johnson, também participaram os ministros Carlos França (Relações Exteriores), Marcelo Queiroga (Saúde), Joaquim Leite (Meio Ambiente), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), o almirante Flávio Rocha, secretário especial de Assuntos Estratégicos, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.