A situação política na Venezuela se agravou após a declaração do candidato de oposição Edmundo Gonzalez, nesta terça-feira, 30 de julho, pedindo que as Forças Armadas “cessem a repressão” aos protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro.
Desde segunda-feira, 29 de julho, as ruas de várias cidades venezuelanas têm sido palco de manifestações intensas.
De acordo com organizações não-governamentais que monitoram a situação, quatro pessoas perderam a vida e outras 44 ficaram feridas nos confrontos.
Edmundo Gonzalez, em um vídeo publicado em suas redes sociais, expressou solidariedade ao povo venezuelano e condenou a “repressão violenta”.
“Minha solidariedade está com o povo diante de sua justificada indignação. Lamentavelmente, nas últimas horas, temos informações de pessoas falecidas e dezenas de feridos e detidos. Às forças de segurança e às Forças Armadas pedimos que respeitem a vontade dos venezuelanos, expressada no dia 28 de julho, e parem de reprimir manifestações pacíficas. Vocês sabem o que aconteceu no domingo… Cumpram com seu juramento. A Constituição está acima de todos. Nós, venezuelanos, queremos paz e respeito à vontade popular. A verdade é o caminho da paz.”
Em resposta, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, reafirmou a lealdade absoluta e o apoio incondicional das Forças Armadas a Maduro.
“Maduro é o nosso comandante-chefe, que foi legitimamente reeleito pelo poder popular e proclamado pelo Poder Eleitoral para o período presidencial 2025-2031”, declarou o ministro da Defesaem um pronunciamento transmitido pela televisão estatal.