A dona de casa Neusa Ferreira de Oliveira, moradora do bairro Santa Clara, sabe o quanto é importante cuidar dos pés, ainda mais por ter diabetes. Quando não controlada, a doença leva a sérias complicações, sendo a amputação dos dedos e dos pés, uma das principais. Jundiaí, desde 2012, é referência em cuidados relacionados a tal ocorrência, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

“Foi a primeira vez que fiz. Foi um exame bom e falaram que está tudo bem”, comentou Neusa, logo após passar pela avaliação no Núcleo Integrado de Saúde (NIS).

A partir do Programa de Assistência à Pessoa com Diabetes, implementado pela Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), a avaliação nos pés diabéticos é realizada tanto no NIS como nos equipamentos da atenção básica – Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Novas UBSs e Clínicas da Família. O exame que parece ser aparentemente simples, é essencial para a identificação precoce de alterações e para o tratamento oportuno.

A cada dez pessoas com diabetes, três acabam evoluindo para problemas nos pés

“É uma prevenção importante e que deve ser feita uma vez por ano, a partir do diagnóstico da doença. A neuropatia diabética prejudica a sensibilidade e a circulação. Muitos pacientes não sentem e acabam se machucando e evoluindo para a necessidade de amputação do membro afetado, comprometendo sua qualidade de vida”, explica a enfermeira educadora em diabetes pela UGPS, Maria Gabriela Bortotto.

Durante o exame é realizada a verificação da circulação, da sensibilidade e das condições que podem levar a ulceração. Do total de pessoas avaliadas no Município, em torno de 15% tem perda de sensibilidade, deformidades ou alterações circulatórias. “A cada dez pessoas com diabetes, três vão evoluir para problemas nos pés. O tratamento é prolongado e os riscos de infecção são grandes. Por isso, a prevenção é o melhor caminho. Além de buscar pela avaliação, o autocuidado também é fundamental, com hidratação dos pés, utilização de meias e calçados adequados, corte de unha e verificação constante nos pés”, enfatiza a enfermeira.

A diarista Lucilene da Silva foi orientada a passar pela avaliação e também voltou para casa aliviada e com orientações a seguir. “Faz oito anos que descobri que tenho a doença, e a médica falou que era importante eu fazer esse exame. Ainda bem que está tudo bem. Mas, como eu trabalho de chinelo, me orientaram a usar sapato”, ressaltou.

Para o atendimento, basta a pessoa com diabetes procurar a unidade de referência e solicitar agendamento para avaliação de pé diabético.

A avaliação é simples, mas essencial

Neusa voltou mais tranquila para casa

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No Município, os cuidados para o tratamento da diabetes incluem exames para diagnóstico, consultas de acompanhamento, atividades coletivas para prevenção – nutrição, atividade física, práticas integrativas -, grupos educativos, acompanhamento especializado para os casos de maior gravidade nos ambulatórios, monitoramento das complicações com consultas oftalmológicas, exames de função renal e cardiovascular, além da entrega de insumos que ocorre mensalmente para cerca de 13 mil pacientes cadastrados.

Para as crianças, ainda é realizado um trabalho com brinquedos terapêuticos desenvolvidos pela ADJ Diabetes Brasil, com o objetivo de ensinar os cuidados necessários para lidar com a doença. As equipes da saúde também atuam junto às escolas municipais, capacitando os educadores em palestras para o suporte ao aluno diabético.

Atualmente, cerca de 14 mil pessoas diagnosticadas realizam tratamento na rede municipal de saúde.

Assessoria de Imprensa

Foto: Fotógrafos PMJ