Neste sábado (13) aconteceu mais uma edição da Rota Afro – Circuito da Memória da População Negra em Jundiaí. A ação cultural faz parte das ações de educação patrimonial da Unidade de Gestão de Cultura (UGC) e apresenta aos participantes pontos marcantes da presença da população negra na cidade. No dia de hoje, data que marca os 135 anos da assinatura da Lei Áurea, a proposta também foi fazer uma reflexão sobre o fato e os reflexos dele nos dias atuais.
Grupo é acompanhado por monitores, que contam as histórias representadas em cada ponto
O administrador Willian Luiz de Assis Souza, de 36 anos, participou e aprovou os pontos apresentados pela equipe da Cultura e afirma que a iniciativa ajuda a mitigar o apagamento da história negra na sociedade. “Jundiaí é tradicionalmente italiana, mas a comunidade negra tem uma grande relevância na construção e no desenvolvimento da cidade. Essas ações culturais são fundamentais para que a história não seja esquecida e mantenha viva a memória dos nossos ancestrais”, diz.
Parada na Praça do Coreto conta a história de Nossa Senhora do Rosário
Intervenção artística atraiu a atenção dos munícipes no Centro
A rota é dividida em duas etapas. Ela é iniciada no Espaço Expressa (antigo Complexo Fepasa) e segue para o Espaço África do Jardim Botânico e o Clube 28 de Setembro. Na segunda etapa, os pontos de parada são as praças Ruy Barbosa e Marechal Floriano Peixoto (Praça do Coreto), onde é contada a história da igreja Nossa Senhora do Rosário e a sua demolição e transferência de seu acervo para a igreja na rua Petronilha Antunes. Ela termina em frente ao Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão, onde há o relato das vivências de Nhá Lau e Tia Custódia, mulheres escravizadas que viveram até o início do século 20.
Participantes e artistas da Rota Afro caminham pelo Centro até a frente do Museu Solar do Barão
“O Departamento de Patrimônio Histórico atua no desenvolvimento de ações educativas em relação aos patrimônios de Jundiaí. A Rota Afro está inserida nesse contexto e tem como objetivo a manutenção da história, bem como a preservação de lugares e da memória da comunidade negra”, afirma o Diretor do Departamento de Patrimônio Histórico, Elizeu Marcos Franco.
Assessoria de Imprensa
Foto: Fotógrafo PMJ
