O Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão ganhou novas áreas expositivas e, a partir de agora, também os seus porões com vistas para os jardins passarão a contar com exposições e poderão ser visitados pelo público interessado.
“Esta expansão se deu graças à conclusão da transferência de toda a reserva técnica do Museu para o Arquivo Histórico municipal, localizado no Espaço Expressa, o antigo Complexo Fepasa. Desta forma, a Cultura não só melhora a catalogação e salvaguarda deste acervo, como também aumenta as possibilidades para as exposições no Museu e permite ao visitante, seja ele jundiaiense ou não, conhecer melhor este patrimônio municipal tão querido por todos”, comentou o gestor de Cultura, Marcelo Peroni.
A exposição de estreia nos porões traz uma exposição inédita montada com os figurinos, fotos, documentos e cenografia da gravação do filme “Onde há vida há esperança”. Com direção de Rodrigo Rodrigues, o filme faz uma homenagem a Santo Cereser e a todas as demais famílias de imigrantes italianos que desembarcaram nesta terra.
CONFIRA AS FOTOS DA EXPOSIÇÃO
Fotos e objetos da exposição levam os visitantes à realidade das famílias de imigrantes italianos no Brasil
Seus ambientes levam o visitante à intimidade das famílias de imigrantes, retratadas nas fotos em preto e branco nas paredes, e à rotina da produção vitivinicultora, apresentada por ferramentas agrícolas e garrafões de vidro para armazenamento do vinho.
Há ainda um espaço que simula o interior dos navios, onde, durante a década de 1920, os passageiros poderiam ter de permanecer até 40 dias para a realização da travessia pelo Mar Mediterrâneo e pelo Oceano Atlântico, sem contar uma sala dedicada a retratar as dificuldades desta travessia e o triste desfecho de muitos aventureiros, que, por conta das condições sanitárias, não chegavam a concluir viagem e tinham seus corpos lançados ao mar para evitar a proliferação de doenças.
Umas das primeiras visitantes a conferir a exposição nos porões foram as estudantes de Cabreúva Rhayssa Nascimento, Kimbelly Santos e Maria Eduarda Ferreira, que aproveitaram o passeio de compras pelo Centro para conferir o Museu e suas novidades. “Gostei muito da exposição. O boneco representando o imigrante morto chocou muito, mas na hora me fez lembrar do que aprendi na aula de Filosofia, sobre as dificuldades que as pessoas passavam durante a travessia”, comentou Rhayssa, de 16 anos.