O período entre os meses de maio a outubro é o de maior risco para o parasitismo pelo carrapato-estrela e, consequentemente, para a ocorrência de casos de febre maculosa. A doença é transmitida pelos carrapatos contaminados pela bactéria causadora da doença esses carrapatos podem transmiti-la aos humanos. Em Jundiaí, neste ano, até o momento, não há casos positivos ou suspeitos para a doença, contudo, a população deve ficar atenta e evitar transitar ou permitir o acesso de animais domésticos a áreas de ocorrência desses artrópodes.
De acordo com o gerente da Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM) Luis Gustavo G. Nascimento, os carrapatos contam com ciclos de vida definidos, com períodos de maior ocorrência de larvas, ninfas, chamadas de micuins, e carrapatos adultos, bem marcados durante o ano. “Nesta época do ano a visualização de micuins é maior, no entanto, ao longo de todo o ano é possível encontrar carrapatos nas várias fases de sua vida. Por conta do tamanho reduzido das larvas e das ninfas, muitas vezes, as pessoas não identificam o animal preso à pele. Caso este carrapato esteja contaminado com a bactéria causadora da febre maculosa, a pessoa pode vir a óbito se não for diagnosticada e tratada corretamente”, detalha o veterinário.
Carrapato capturado em armadilha
Carrapatos contaminados são os vetores transmissores da febre maculosa em humanos
Para evitar riscos, as orientações são para que as pessoas e os animais domésticos evitem locais onde há ocorrência de carrapatos e circulação de capivaras. Quando são parasitadas pelos carrapatos contaminados, as capivaras podem apresentar bactérias na corrente sanguínea (bacteremia) por até três semanas, podendo transmitir a bactéria para outros carrapatos que as estiverem parasitando. No entanto, após esse período se tornam imunes a doença, interrompendo a disseminação da bactéria.
Os carrapatos-estrela podem se alimentar de qualquer hospedeiro acidental, inclusive o ser humano, transmitindo assim o agente infeccioso e causando a doença.
Outra medida importante é, caso seja impossível evitar áreas de risco, utilizar roupas claras e longas, além de botas. A verificação do corpo a cada duas horas também é essencial para evitar o parasitismo pelos carrapatos.
Se, mesmo assim, for picado por um carrapato, a pessoa deve realizar a retirada com auxílio de uma pinça, prendendo-o bem perto da pele e girando-o para que se desprenda do corpo. Após a picada, em caso de ocorrência de algum sintoma, como febre alta, náusea, dores musculares, vômito, dor de cabeça, em até 15 dias, procure por atendimento médico imediatamente e relate a ocorrência. Quanto mais dados fornecidos à equipe médica, mais rápido será o diagnóstico”, ressalta.
Assessoria de Imprensa