A Casa de Passagem é o serviço tipificado para o acolhimento emergencial e temporário para pessoas em situação de rua. Voltado para usuários em trânsito ou permanência periódica no Município, o serviço pode ser acessado de modo direto ou após encaminhamento do Centro Pop, o equipamento porta de entrada da rede, a Rede Pop Rua, e que, também por tipificação, não oferece pernoite e atende em horário comercial.
O serviço de Casa de Passagem em Jundiaí é realizado pela Prefeitura, por meio de execução indireta, atualmente pela Organização da Sociedade Civil (OSC) Serviço de Obras Sociais (SOS) na rua Prudente de Moraes, 1830, Centro, com contrato para oferta de 32 vagas. A equipe é composta por assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e psicólogos, que atuam no Plano individual de Atendimento (PIA) dos usuários referenciados.
Casa de Passagem: serviço de acolhimento temporário inclui também pernoite além do atendimento individualizado
“Em ambos os serviços, são feitos o acolhimento inicial e a escuta técnica do usuário, para que a equipe possa entender suas demandas e dar os encaminhamentos necessários, como alimentação, higiene, oferta de roupas e, no caso da Casa de Passagem, também o pernoite. Por isso, a indicação da campanha ‘Menos Esmola Mais Dignidade’, para que o munícipe oriente a pessoa a procurar a rede socioassistencial quando se deparar com um pedido de esmola. Diferente da solução imediata e aparente da esmola, somente o atendimento técnico cumpre com dignidade o atendimento a essa população”, explica a gestora da Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), Maria Brant.
Durante o acolhimento no serviço, que pode ser de até 90 dias com possibilidade de prorrogação, o usuário passa por acompanhamento técnico e pode ser encaminhado para os demais serviços tipificados da Rede Pop Rua (abrigos institucionais e república) ou recâmbio para o Município de origem.
Divulgação da campanha “Menos Esmola Mais Dignidade” tem sido feita em áreas da região central da cidade
A assistente social e coordenadora do serviço, Cristiane Lopes, explica a atuação intersetorial. “As decisões sobre encaminhamentos são sempre feitas em rede, em nossas reuniões semanais, com a participação do Centro Pop. Para os usuários que permanecem acolhidos nesse período atuamos para a construção de objetivos de vida, para que não fiquem sem ocupação. Só podem permanecer no equipamento durante o dia os que tiverem algum propósito, como pausa para seguir viagem, busca por trabalho ou descanso após trabalho noturno”.
Até o fim do ano, a Casa de Passagem deverá ser transferida para novo endereço, na avenida Aristeu Dagnoni, próxima ao Complexo Argos. Com investimento total de R$ 2,1 milhões, o novo espaço integralmente reformado e mais amplo, conta com galpão (com cozinha, refeitório, administração e salas), oito módulos habitáveis, banheiros e canil para o pernoite dos animais de estimação que acompanham os atendidos.
Serviço será transferido para novo imóvel, totalmente reformado e mais amplo
Cristiane explica que além dos serviços técnicos, são realizadas na Casa de Passagem diversas oficinas e atividades, que poderão ser expandidas nas novas instalações. “Com a retomada das atividades interrompidas durante a pandemia, voltamos a desenvolver algumas das nossas oficinas, como de futebol, artesanato, corrida de rua, costura de roupas para animais de estimação e de musicalização, o ‘Som das Ruas’. Viver na rua exige criatividade e, durante as oficinas vemos essa criatividade toda aflorar”.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ