O Dia Mundial Sem Tabaco, campanha realizada no 31 de maio, tem como tema em 2024: “Proteção das Crianças contra a Interferência da Indústria do Tabaco”. Além de conscientizar a população sobre os malefícios do cigarro para a saúde, a estratégia é chamar a atenção para os dispositivos que estão atraindo com facilidade, principalmente, as novas gerações: os cigarros eletrônicos.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima, para este ano, o surgimento de 14 mil casos da doença em mulheres e 18 mil em homens decorrentes do uso dos cigarros. Se o comportamento tabagista se mantiver, dados mundiais da International Agency for Research on Cancer (IARC), analisados por pesquisadores da Fundação do Câncer, apontam que haverá aumento de mais de 65% na incidência da doença e 74% na mortalidade por câncer de pulmão até 2040, em comparação com 2022.
O PAIT oferece auxílio para quem deseja parar de fumar
“Rotineiramente, alertamos sobre os perigos do tabagismo e aproveitamos o dia 31 de maio para enfatizar que o cigarro, seja em qualquer modelo, é uma droga perigosa, poderosa, traiçoeira e sedutora. Precisamos atuar para proteger a nossa população, principalmente as crianças e os jovens que estão sendo introduzidos ao hábito de fumar cigarros eletrônicos pela propaganda e pelos amigos”, enfatiza o coordenador do programa, cardiologista Carlos Costa.
O médico observa que o vape, o pod, o pendrive, entre outros nomes, têm aparência diversificada, uma infinidade de modelos, aromas e sabores, e chegam a ser vendidos como uma alternativa mais segura e menos danosa à saúde, o que não é verdade.
“São dispositivos que têm grande concentração de substâncias e nicotina sintética, sendo nocivos como os cigarros tradicionais, causando dependência mais rapidamente e constituindo fator de risco para diversos tipos de cânceres, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia, acidentes cerebrovasculares e ataques cardíacos. Além disso, a bateria pode explodir e causar queimaduras graves. É um produto que prejudica ainda mais a situação e amplia o número de doenças e de mortes”, enfatiza.
O programa conta com grupos permanentes e nas UBSs
Ajuda
Em Jundiaí, o Programa de Assistência Intensiva ao Tabagista (PAIT), da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), acolhe o ano todo quem busca auxílio para parar de fumar. “Independentemente da idade, é possível largar o vício e voltar a ter qualidade de vida”, comenta Costa.
Além dos grupos permanentes do Núcleo Integrado de Saúde (NIS), com encontros todas as terças-feiras, às 9h30, e quartas, às 14h, e no Complexo Argos, todas as segundas-feiras, às 18h, são organizados grupos em equipamentos de saúde.
Durante oito semanas, os participantes recebem acompanhamento completo e gratuito com ações coletivas e individualizadas. Para os casos necessários, ocorre a dispensação de medicamentos. Para participar, basta levar o cartão de cadastro da UBS e o CPF. Mais informações também estão disponíveis no (11) 4589-0161 (WhatsApp).
Neste ano, o PAIT completa 17 anos, somando aproximadamente 10 mil pessoas auxiliadas. O programa de Jundiaí é reconhecido no Estado como modelo de controle à doença.
Assessoria de Imprensa
Foto: Fotógrafos PMJ