Jundiaí prossegue com ações em todas as regiões para conter o avanço da dengue. Boletim de Arboviroses, atualizado na sexta-feira (3), aponta que a cidade acumula 10.524 casos da doença, com cinco mortes. Desses, 9.049 são autóctones, ou seja, contraídos no Município. No País, já são mais de 4,2 mil casos prováveis e 2.149 óbitos.
O bairro Ivoturucaia permanece sendo a localidade com maior número de ocorrências: 807. Na sequência, aparecem: Jardim Tamoio (659), Jardim do Lago (566), Jardim Santa Gertrudes (451), Vila Ruy Barbosa (362), Agapeama (334) e Vila Rami (306).
População continua sendo orientada sobre a necessidade das ações preventivas
“Permanecemos atentos ao cenário e agindo. Diariamente, a equipe da Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM) e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) estão em ações casa a casa, buscando criadouros do mosquito Aedes aegypti e orientando a população. Campanhas também seguem sendo realizadas nos Terminais de Ônibus e em escolas. Mas ainda encontramos lixo descartado de maneira irregular e objetos com água nos imóveis”, enfatiza o gestor de Promoção da Saúde, Tiago Texera.
A gerente da Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), biomédica Ana Lúcia de Castro Silva, observa que o prato de vaso e os tambores para armazenamento de água sem tampas ainda são os objetos mais localizado nas vistorias.
“Estamos sempre reforçando a necessidade de a população ser proativa e esclarecendo sobre o ciclo do mosquito. Infelizmente, em muitas casas, quando as equipes retornam, acabam se deparando com pratos nos mesmos lugares e tambores com água de chuva e caixas d’água sem as tampas. Combater a dengue é papel de todos”, frisa.
ACSs identificados buscam criadouros
Em todas as regiões, imóveis são visitados
Transmissão
Nesta semana, o Jardim do Lago foi uma das localidades onde as equipes retornaram. O bairro está com alta transmissão, neste momento. Para conter os casos, a região recebeu recentemente, além das vistorias nos imóveis, nebulização veicular.
As vizinhas e irmãs Clarice e Antonia Spiandorello demostraram preocupação. “O vizinho ficou doente. Estamos tomando os cuidados. Sabemos que se pegarmos, podemos morrer”, comentou Antonia.
“Eu já tive há alguns anos. Todos os dias, fico de olho em tudo. Não quero pegar outra vez”, acrescentou Clarice.
Desde o dia 1 de abril, o Município está em situação de emergência, com novas estratégias de enfrentamento da doença articuladas pelo Comitê Intersetorial de Prevenção e Combate à Dengue. A partir da Sala de Situação da Saúde — montada em dezembro — a situação é monitorada para a adoção de medidas antecipadas e de forma transparente.
Clarice e Antonia estão preocupadas e, semanalmente, verificam suas casas
Sintomas
Os principais sintomas da doença são: febre, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, manchas na pele, dor nos olhos, fraqueza e vômito. Já os sinais de alarme que indicam uma evolução potencialmente mais grave são: dor abdominal intensa; náuseas; vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
Na cidade, pessoas com sintomas leves e moderados devem se dirigir aos equipamentos da rede de atenção básica — Unidades Básicas de Saúde, Novas UBSs e Clínicas da Família — próximos de sua residência, de segunda a sexta-feira, no horário de atendimento. Aos sábados, a Prefeitura também mantém dois pontos abertos. No próximo (dia 4), pacientes de qualquer região podem procurar a Nova UBS Jardim do Lago (rua Leonita Faber Ladeira, 1358) e a UBS Tamoio (rua Orestes Barbosa, s/n), das 8h às 17h (com fechamento dos portões às 16h).
Já as pessoas com mais de 60 anos, que tenham comorbidades ou que apresentem sinais de agravamento da doença, devem buscar atendimento nos Prontos Atendimentos Hortolândia, Ponte São João e Retiro ou na UPA Vetor Oeste.
Assessoria de Imprensa
Fotos: Fotógrafos PMJ