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Robôs na fertilização in vitro: foi dada a largada na era da automação nos tratamentos de fertilidade

Publicada em 25/05/23 às 07:37h - 74 visualizações

por TV Jundiai Hoje


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 (Foto: TV Jundiai Hoje)
Nascem os primeiros bebês concebidos com um robô injetor de esperma. Procedimento foi realizado em Nova York e resultou no nascimento de duas meninas

Fertilização In Vitro
São Paulo – 24/05/2023 - Recentemente, um anúncio inusitado sobre o nascimento dos primeiros bebês concebidos com ajuda de um robô injetor de espermatozoides apresentou ao mundo o que pode ser visto como o início da era da automação nos tratamentos de fertilidade. “Os engenheiros usaram uma agulha mecanizada para inserir espermatozoides em óvulos, resultando em dois embriões saudáveis e, por fim, em duas meninas. Um dos engenheiros, sem experiência real em Medicina de fertilidade, usou um controle do Sony PlayStation 5 para posicionar uma agulha robótica. Observando um óvulo humano através de uma câmera, ele avançou por conta própria, penetrando no óvulo e inserindo um único espermatozoide. Ao todo, o robô foi usado para fertilizar mais de uma dezena de óvulos”, explica o Dr. Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), diretor clínico da Neo Vita. “Mas não acredito que os robôs possam, ou devam, substituir os embriologistas. Você pega um espermatozoide e o coloca em um óvulo com o mínimo de trauma, da forma mais delicada possível. Existe uma questão de sentir, o tato mesmo. Por enquanto, os humanos são muito melhores do que uma máquina”, acrescenta o médico.

            A startup espanhola que desenvolveu a inovação, a Overture Life, disse que seu dispositivo é um passo inicial para automatizar a fertilização in vitro (FIV), e potencialmente torná-la menos cara e muito mais comum. Algumas startups prometem que todo o processo pode ser realizado automaticamente. Segundo o Dr. Fernando, o objetivo é justo, já que a maioria das pessoas que precisa de ajuda para ter filhos não tem acesso a remédios para fertilidade ou não pode pagar por isso. “Embora ainda não exista uma máquina de fertilidade completa, mesmo a automação de partes do processo, como injeção de espermatozoides, congelamento de óvulos ou cultivo de embriões, pode tornar a fertilização in vitro mais acessível e, eventualmente, apoiar inovações mais radicais, como edição de genes ou até mesmo úteros artificiais. Mas não será fácil automatizar totalmente a fertilização in vitro”, pondera o médico.

            Outra forma de automação seria a de um microberço: “Quando os médicos coletarem os óvulos dos ovários de uma mulher, eles poderiam ser depositados diretamente nesse espaço para serem cuidados por robôs até se tornarem embriões saudáveis”, diz o médico. Existe a possibilidade, também, da criação de um ‘rastreador de esperma’: “Uma vez que um óvulo está em mãos, os médicos precisam combiná-lo com um espermatozoide. Para ajudá-los a escolher o caminho certo, algumas empresas trabalham em um software para classificar e analisar o espermatozoide nadando em uma placa. É semelhante a programas de visão computacional que rastreiam atletas enquanto eles correm, colidem e mudam de direção em um campo. O trabalho é identificar espermatozoides saudáveis, avaliando sua forma e vendo como eles nadam”, diz o médico. O termo médico é motilidade, o que representa a máxima expressão da saúde e normalidade do esperma. “Enquanto uma pessoa só pode ficar de olho em alguns espermatozoides de uma vez, um computador não enfrenta esse limite”, diz o médico. Os testes, até então, em um estudo comparativo de espermatozoides colhidos por humanos e por computador mostraram que a tecnologia leva uma pequena vantagem.

As projeções de especialistas dão conta de que a indústria de fertilização in vitro pode crescer para cinco ou 10 vezes seu tamanho atual com o advento da automação. No Brasil, estima-se que 0,5% dos bebês que nascem a cada ano por meio da FIV; nos Estados Unidos, menos de 2% das crianças nascem assim, mas na Dinamarca, onde o procedimento é gratuito e incentivado, o número é próximo a 10%.

            Mas não é certo que os robôs reduzirão o custo da fertilização in vitro ou que qualquer economia será repassada aos pacientes. “O que é esperado, na verdade, é que a automação possa permitir que os médicos comecem a medir com precisão o que fazem, permitindo que eles ajustem seus procedimentos. Mesmo um pequeno aumento nas taxas de sucesso pode significar dezenas de milhares de bebês extras a cada ano. E a tecnologia será muito bem-vinda nessa missão”, finaliza o Dr. Fernando. 

FONTE: DR. FERNANDO PRADO - Médico ginecologista, obstetra e especialista em Reprodução Humana. É diretor clínico da Neo Vita e coordenador médico da Embriológica. Doutor pela Universidade Federal de São Paulo e pelo Imperial College London, de Londres - Reino Unido. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e da Sociedade Europeia de Reprodução Humana (ESHRE). Whatsapp Neo Vita: 11 5052-1000 / Instagram: @neovita.br / Youtube: Neo Vita - Reprodução Humana.



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