Rochas passarão por análise em laboratório; vídeo mostra estrago causado
Um meteorito caiu e danificou o telhado da casa de um morador da zona rural de Portelândia, no sudoeste de Goiás. Caso aconteceu na manhã do último domingo (17) e assustou o morador. Um vídeo mostra o estrago que o meteorito fez no telhado, no forro e no chão da casa.
O meteorito de Portelândia se parece fisicamente com o do Bendegó, o maior e mais famoso meteorito brasileiro (Foto: Reprodução - Arquivo Pessoal)
Um meteorito caiu e danificou o telhado da casa de um morador da zona rural de Portelândia, no sudoeste de Goiás. O episódio aconteceu na manhã do último domingo (17) e assustou o dono da residência. Um vídeo mostra o estrago que o meteorito fez no telhado, no forro e no chão da casa.
O homem disse que, no momento em que o meteorito atingiu o telhado, assistia televisão e a mulher preparava almoço na área externa da casa. O estrondo, segundo ele, foi forte.
“Vazou a telha em uma explosão muito grande, parecida com o barulho de um avião. Só Deus para livrar a gente, se pega na cabeça de alguém aqui, tinha morrido”, disse o morador, que não quer se identificar.
Thiago Oliveira Lima, físico da Universidade Federal de Jataí (UFJ), explicou que todo dia esse tipo de meteorito cai na Terra, mas é mais comum que seja em áreas não habitadas.
“Esse senhor teve azar em cair na casa dele, mais sorte ainda em não se machucar. Agora ele tem uma história para contar e tem em casa rochas de bilhões de anos que são resquícios da formação do sistema solar”, disse o especialista ao G1.
De acordo com o físico, a aparência externa e a superfície da rocha têm características de quando um meteorito passa pela atmosfera. O especialista informou que o meteorito de Portelândia se parece fisicamente com o do Bendegó, o maior e mais famoso meteorito brasileiro, composto de mais de 5 mil quilos de ferro e níquel.
Meteoritos caem em casa e danificam telhado de morador da zona rural de Portelândia (Foto: Reprodução – Arquivo Pessoal)
Thiago, que participa de um projeto de astronomia na UFJ, disse ainda que a composição do meteorito de Portelândia será analisada. A pesquisa vai mostrar o percentual de níquel, ferro e outros elementos. No entanto, características físicas e o estrago causado já confirmam a origem das rochas.
“Seria impossível simular aquele estrago. Teria que fazer uma rocha cair de um local muito alto”, afirmou Thiago.