Conselho de Administração aprovou, por sete votos a três, a indicação do governo para o cargo
Redação Terra
Caio Paes de Andrade é o novo presidente da Petrobras. O Conselho de Administração da estatal aprovou o nome do indicado do governo nesta segunda-feira, 27, por sete votos a três.
Segundo fontes, votaram a favor de Paes de Andrade os cinco conselheiros da União e dois representantes de acionistas minoritários. Outros três conselheiros minoritários votaram contra a indicação.
Paes de Andrade será o quinto presidente da Petrobras no governo Jair Bolsonaro, em sucessão novamente marcada pela queda de braço entre o governo e a diretoria da petroleira sobre a alta nos preços dos combustíveis em refinarias da Petrobras, hoje alinhados ao mercado internacional.
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Currículo
Paes de Andrade é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista e tem cursos de pós-graduação em administração pelas americanas Harvard University e Duke University.
Com passagens por empresas de tecnologia da informação, ele migrou para a administração pública em 2019, quando assumiu a presidência do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
Em agosto de 2020, ele assumiu o cargo de secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia.
Paes de Andrade também é membro do Conselho de Administração da Embrapa e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), estatal que administra o óleo lucro da União em campos produtores do pré-sal. Aí reside seu único contato mais claro com o setor de óleo e gás.
Histórico
No último dia 20, José Mauro Coelho anunciou a renúncia do cargo em um comunicado divulgado pela petrolífera. Na ocasião, Fernando Borges, diretor-executivo de Exploração e Produção da empresa, ficou na cadeira como interino.
A saída de Coelho apressou a posse de Caio Paes de Andrade, que foi indicado pelo governo ao cargo após demissão de seu antecessor.
Coelho havia sido eleito para o cargo após descontentamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) com a atuação do general da reserva Joaquim Silva e Luna na presidência da empresa, que teve de subir fortemente os valores dos combustíveis nas refinarias para acompanhar a escalada do petróleo na esteira da guerra da Ucrânia.
O cargo de José Mauro já havia sido ocupado por outras duas pessoas durante o governo Bolsonaro: Roberto Castello Branco, demitido em fevereiro de 2021 depois de escalada do preço de combustíveis, e o já citado Joaquim Silva e Luna, que permaneceu na presidência da Petrobras até abril deste ano - também pela insatisfação do governo com os valores dos combustíveis.