A tecnologia dos smartphones e seus apps evoluíram muito. E a mudança pode acontecer já.

A indústria de pagamentos tem no smartphone seu maior aliado. O smartphone já substituiu a câmera fotográfica, o GPS, o player de MP3 e, agora, surge como solução imediata para substituir as tradicionais maquininhas de cartão. O celular já realiza transferências bancárias e faz pagamentos via Pix. É uma evolução natural.

“Os smartphones poderão substituir as maquininhas de cartão. Talvez não completamente num primeiro momento, mas, a longo prazo, essa tendência é irreversível”, diz João Vestim Grande, advogado especializado em Direito Empresarial. “A tecnologia já está começando a dominar esse setor. Cartões virtuais, aplicativos bancários, carteiras digitais, transações por aproximação e o próprio Pix já são uma realidade na vida de muitas pessoas. O avanço da tecnologia promove mudanças em todas os setores e não seria diferente na forma como dinheiro circula e transações financeiras são realizadas.”

O argumentado tem defensores em todo canto, afinal, o dinheiro em espécie está cada vez menos presente nas transações. “A realidade é que o setor de meios de pagamentos vem passando por grandes transformações. É uma mudança cada vez mais significativa na forma como o dinheiro circula e é transacionado. O volume de dinheiro em espécie circulando na economia vem sendo reduzido de forma bastante significativa nos últimos tempos”,

defende Wilton Brito, executivo do Grupo Gertec.

“Diante de tantas transformações e novidades, é possível imaginar que o fim das maquininhas esteja próximo. Mas em minha opinião, o mercado de meios de pagamento vem evoluindo ao longo dos últimos anos em uma direção que indica um formato muito mais de inclusão e complementaridade das tecnologias e formas de pagamento do que de substituição ou de obsolescência das tecnologias atuais”, diz Brito.

Nem todos concordam com o fim das maquininhas

Apesar das facilidades indicadas por alguns especialistas, determinar que as maquininhas de cartão serão substituídas pelos smartphones não é uma unanimidade. Há vozes contrárias que não apostam em uma mudança para tão breve.

“Não acredito que haverá uma substituição integral das maquininhas de cartão. Hoje, apesar da queda na utilização, ainda temos dinheiro físico em circulação”, diz Mariana Lisboa, Especialista em Regulatório de Meios de Pagamento do Barcellos Tucunduva Advogados. “Haverá, como já está acontecendo, uma movimentação maior dos players do mercado de pagamentos para acompanhar o aumento da concorrência, a postura de consumo e as novidades tecnológicas.”

O fato é que as mudanças estão acontecendo, mas em um primeiro momento teremos uma multiplicidade de opções de pagamento. Para as pequenas e médias empresas, porém, vai triunfar quem justificar o melhor custo-benefício. Faça sua aposta.