Corpo do ator será cremado no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, zona portuária do Rio
Familiares se despedem de Milton Gonçalves, em velório realizado na manhã desta terça-feira, 31, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na região central da capital fluminense
O velório do ator Milton Gonçalves, que morreu ontem aos 88 anos, foi realizado na manhã desta terça-feira, 31, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na região central da capital fluminense.
Aberta ao público, a cerimônia começou por volta das 8h30 e durou até 13h. Uma camisa do Flamengo, time de coração de Milton, foi colocada sobre o caixão.
Além de muitos familiares e fãs, também estiveram presentes alguns famosos amigos do ator, entre eles Lazaro Ramos, Antônio Pitanga, Sérgio Loroza, Mateus Solano, Zezé Motta e Léa Garcia.
O corpo do ator será cremado no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, zona portuária do Rio.
Milton sofria com problemas de saúde após ter um AVC em 2020. Na ocasião, o artista chegou a ficar três meses internado. O ator deixa os filhos Alda, Maurício e Catarina.
Nascido em 1933, em Minas Gerais, Milton Gonçalves foi contratado pela Globo em 1965. Entre os personagens de destaque, o ator interpretou o Zelão das Asas ('O Bem-Amado') e o médico Percival ('Pecado Capital'), além de integrar as primeiras versões de 'Irmãos Coragem' (1970), 'A Grande Família' (1972) e 'Escrava Isaura' (1976).
O ator também esteve presente em outros sucessos de audiência, como 'Baila Comigo' (1981), de Manoel Carlos, 'Sinhá Moça' (1986) de Benedito Ruy Barbosa, e 'A Favorita' (2008), de João Emanuel Carneiro.
A última novela Milton na TV Globo foi dando vida ao catador de materiais recicláveis Eliseu em 'O Tempo Não Para', em 2018. Ele ainda interpretou um Papai Noel no especial Juntos a 'Magia Acontece', que foi ao ar no fim de 2019.
Em 1994, Milton se candidatou ao governo do Rio de Janeiro em 1994. Atualmente, ele ocupava um cargo na diretoria do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro (Sated/RJ). Em 2017, ele chegou a ser nomeado presidente do Teatro Municipal do Rio, mas não assumiu o cargo. A decisão foi tomada porque Milton era membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, órgão consultivo da Presidência da República, e o acúmulo da função de presidente do Municipal configuraria "conflito de interesse".