Segundo documentos, Landim e Pires teriam dificuldades em passar pelos critérios do comitê interno para ocupar os cargos

Redação Terra

Relatórios da Diretoria de Governança e Conformidade da Petrobras sobre o histórico do empresário Rodolfo Landim e do consultor Adriano Pires, indicados para cargos da Petrobras, assustaram o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Os documentos também foram apresentados para a Corregedoria-Geral da União.

De acordo com os relatórios, eles teriam dificuldades em passar pelos critérios do comitê interno para ocupar os cargos para quais foram indicados. 

O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para presidir o conselho da estatal, mas desistiu no último domingo. Segundo os documentos, Landim tem processos e acusações pendentes na Justiça que apontam sua relação com o sócio de distribuidoras de gás Carlos Suarez, o que configuraria conflito de interesses.

Outra parte do relatório fala sobre o processo que aponta que ele recebeu em contas na Suíça depósitos de "contas de passagem" usadas para enviar recursos para os executivos Renato Duque e Pedro Barusco, envolvidos no petrolão. Para Suarez, em conta na Suíça, Landim também enviou U$$ 643 mil.

Já Adriano Pires foi escolhido para a presidência da Petrobras. Sobre ele, os documentos apontam que terá "confitos demais" se assumir o cargo. Os conflitos de interesses também é base de uma representação do Ministério Público junto ao tribunal de Contas da União para que ele não assuma antes de uma investigação. Conforme o jornal O Globo, Pires é consultor de Suarez e da associação do setor (Abegás), da Compass. Ele também é próximo do ministro das Minas e Energia.

O comitê interno se reunirá na terça-feira (5) para analisar relatórios e preparar um parecer para os acionistas que vão deliberar no dia 13 de abril sobre as indicações.