Na cidade de Prudentópolis, três quartos da população tem antepassados vindos do país do leste europeu
Julio Cesar Lima
CURITIBA - A comunidade ucraniana que reside no Paraná, principalmente em Curitiba e Prudentópolis, reagiu diante dos ataques sofridos pela Ucrânia. Diversas entidades assinaram documento conjunto com a Representação Central Ucraniano Brasileira em que condenam a agressão russa. O presidente Vladimir Putin atacou vários pontos do país vizinho nesta semana, apesar das sanções anunciadas pelos Estados Unidos.
O presidente da Sociedade Ucraniana do Brasil, Felipe Oresten, disse que o ataque à Ucrânia vai além de uma simples invasão. "Agride uma nação democrática, soberana, é uma agressão a toda a humanidade", criticou.
Oresten tem parentes e amigos na Ucrânia. "Meus primos moram mais próximos à fronteira com a Polônia, porém, tenho amigos que vivem em Kiev e isso nos causa preocupação. Temos mantido contato direto, estou acompanhando a situação", comentou. "Em Curitiba, estamos mantendo contato direto com a Embaixada e também tranquilizando - passando informações - as pessoas que têm parentes na Ucrânia", disse.
Já o presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira, Vitório Sorotiuk, diz na carta que "a agressão russa à Nação ucraniana não é uma agressão somente ao povo ucraniano, ela atinge os fundamentos da Carta das Nações Unidas que é a busca da paz e da não agressão, da convivência pacífica dos povos e a solução pacífica dos conflitos", informou.
No Paraná vive grande parte dos 600 mil ucranianos que estão no Brasil. Prudentópolis tem 75% de sua população (52.513, conforme os dados mais recentes do IBGE) de ascendência ucraniana e em Curitiba vivem cerca de 3% da população da capital.
No final do documento, a Representação convocou uma missa pelo país em prol dos ucranianos. "Chamamos a toda a nossa comunidade ucraniana brasileira a reunir-se nas igrejas no domingo, dia 27, e na quarta feira. dia 2 de março", concluiu o documento.