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Previsão de elefante e previsão de formiguinha

Publicada em 18/02/22 às 08:13h - 150 visualizações

por TV Jundiai Hoje


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 (Foto: TV Jundiai Hoje)
Entenda porque ainda não é possível prever uma chuva como a que ocorreu em Petrópolis (RJ), em 15/2/2022.

Na tarde de 15/2/2022 choveu 230 mm em apenas 3 horas sobre a cidade de Petrópolis, na região serrana do estado do Rio de Janeiro. O volume de chuva extremamente elevado, caindo em tão pouco tempo, causou enormes deslizamentos de terra e rios de lama invadiram áreas desta cidade. Após 48 horas da tempestade, o número de vítimas fatais já passava de uma centena de mortes. 

"Um cenário de guerra" era a expressão usada pelas pessoas ao verem a dimensão dos estragos feitos por esta tempestade, que já pode ser inserida na lista das maiores tragédias associadas a eventos meteorológicos registradas no país.
 
Chuva extrema

Volumes de chuva da ordem de 100 mm acumulados em até 24 horas já são considerados extremos e causam grandes danos nos centros urbanos. As observações do dia a dia mostram que, muitas vezes, grande parte destes 100 mm ocorrem em poucas horas, às vezes em meia hora.

De forma geral, os meteorologistas pensam numa previsão da ordem de 200 mm para um período de 3 ou 5 dias, ou mesmo para todo um mês. Um evento de Zona de Convergência do Atlântico Sul pode gerar acumulados até maiores do que 200 mm, mas distribuídos ao longo de 4, ou 5 dias. No dia a dia da previsão meteorológica, é muito pouco provável que um meteorologista pense em prever 230 mm em 3 horas, como ocorreu em Petrópolis. 

Num passado recente, no ano de 2019, ocorreram vários casos de acumulados extremos de precipitação no Brasil, com mais de 200 mm em 24 horas, ou até de cerca de 200 mm em apenas 4 horas. Mas o evento de Petrópolis em 15/2/2022 foi ainda mais extremo. 

Veja alguns exemplos:

 Previsão de elefante e previsão de formiguinha

Com a evolução atual da meteorologia no Brasil, seria possível prever uma tempestade como esta que ocorreu em Petrópolis em 15/2/2022? Josélia Pegorim conversa com Marcio Custódio, meteorologista chefe da equipe de modelagem numérica do Labs/Climatempo. 



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