Mesmo com tempo instável, busca por desaparecidos continua
Subiu para 104 os mortos pelas fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, informou o governo local nesta quinta-feira (17). As identidades das vítimas ainda não foram divulgadas, mas há ao menos oito crianças entre elas.
Ainda não há estimativas de quantos estão desaparecidos. Mesmo com a previsão de mais chuvas, as equipes de resgate, formadas por bombeiros, Defesa Civil, Exército e voluntários, continuam a buscar por pessoas sem parar.
Desde que o temporal atingiu a cidade, no início da noite de terça-feira (15), 24 pessoas foram resgatadas com vidas dos escombros e dos carros arrastados e mais de 300 ficaram desabrigadas.
A área mais atingida foi o Morro da Oficina, onde cerca de 80 casas foram destruídas, arrastadas ou atingidas por um mar de lama. O local é também de difícil acesso e atrasa o trabalho dos profissionais.
Segundo dados da Defesa Civil, esse foi o pior temporal já registrado em Petrópolis desde 1932, quando começou a medição do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). É também a maior tragédia causada pelas chuvas desde 1988, quando foram 134 mortos.
Em três horas, choveu 250 milímetros na cidade, o que era previsto para todo o mês de fevereiro. Nas 24 horas do dia 15, a chuva somou 260mm - a média para a época é de 185mm.
Além dos danos já causados, há risco ainda de deslocamento de terra em diversos pontos da cidade e da queda de residências duramente afetadas na terça-feira. .