Essa é a quarta morte de jornalista no país em janeiro; a série de assassinatos provocou protestos da categoria
Roberto Toledo, jornalista mexicano, foi morto na última segunda-feira, 31, no estado de Michoacán, no oeste do país, segundo um de seus empregadores. Esse é o quarto assassinato de um jornalista no país em janeiro.
Toledo, que trabalhou com o site de notícias Monitor Michoacan por três anos, foi morto por vários homens armados, disse o diretor do canal, Armando Linares, em um vídeo ao vivo no Facebook. Linares disse que o veículo estava recebendo ameaças por conta de suas reportagens sobre corrupção no governo local, o que foi denunciado às autoridades locais.
Após o assassinato da jornalista Lourdes Maldonado em Tijuana, no dia 23 de janeiro, uma onda de protestos de jornalistas tomou o país. "Hoje essas ameaças se concretizaram", disse Linares.
O porta-voz presidencial Jesus Ramirez condenou a morte de Toledo no Twitter, originalmente descrevendo-o como jornalista. Ramirez mais tarde enviou outro tweet dizendo que Toledo não era jornalista e trabalhava para um escritório de advocacia.
Toledo foi baleado fora de um escritório de advocacia depois de ajudar o vice-diretor do Monitor Michoacan, o advogado Joel Vera, a filmar um vídeo, disse Jan-Albert Hootsen, representante do México para o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Hootsen disse que o CPJ considerava Toledo um trabalhador da mídia por causa de seu trabalho regular em uma coluna de vídeo para o veículo em que trabalhava. Segundo o comitê, cerca de 145 jornalistas foram mortos no México de 2000 a 2021, tornando o país um dos mais mortíferos do mundo para jornalistas.