GLAUCIA ALVES
Na última segunda-feira (3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que os imunizantes para a vacinação infantil devem chegar ao Brasil a partir do dia 15. Com isso, as crianças devem retornar as aulas presenciais sem a imunização.
A vacinação infantil está autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde o dia 16 de dezembro. Porém, a ação enfrenta resistência por parte da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Porém, a estimativa do Ministério da Saúde é as vacinas para esse grupo cheguem ao Brasil a partir do dia 15 deste mês. A partir dessa data os imunizantes passarão a serem distribuídos para os estados e municípios.
O esperado era que as crianças fossem totalmente vacinadas, ou seja, com a primeira e segunda dose, antes do início do ano letivo. Porém, com a chegada, ainda incerta, das vacinas estimada para o dia 15 não dará tempo para a imunização completa antes da volta às aulas.
A maioria dos estados brasileiros terá o retorno das aulas presenciais no mês de fevereiro. Com isso, as crianças devem iniciar o ano letivo apenas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19.
A vacinação infantil contra a covid-19 está permitida em pelo menos 31 países de quatro continentes. Porém, o imunizante só começou a ser aplicado em alguns países, como Estados Unidos, Áustria, Alemanha, Chile, China e Colômbia.
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A vacinação em crianças de 5 a 11 anos foi incluída no Plano Nacional de Operacionalização das Vacinas contra a Covid-19 e deve iniciar ainda no mês de janeiro. Até o momento, o único imunizante autorizado pela Anvisa para a aplicação nessa faixa etária é a Pfizer.
Mesmo com a autorização divulgada no dia 16 de dezembro, até o momento, o Ministério da Saúde ainda não divulgou o cronograma para a imunização deste público.
O Governo Federal tem até a próxima quarta-feira (5) para apresentar o Programa Nacional de Imunização (PNI) para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19.
O Ministério da Saúde criou uma consulta pública para manifestação da sociedade civil sobre a imunização de crianças dos 5 aos 11 anos. Porém, em meio a diversas críticas, o instrumento foi fechado no último domingo (2).