GLAUCIA ALVES
Na última terça-feira (9), A BionTech, laboratório que fabrica a vacina Pfizer, apresentou à Anvisa dados que afirmam a eficácia e segurança do imunizante em crianças de 5 a 11 anos. Diante disso, a fabricante solicitou ao órgão a autorização para o uso no Brasil.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que o laboratório da vacina Pfizer deve formalizar o pedido de uso do imunizante em crianças de 5 a 11 anos de idade em breve. Por enquanto, o país não possui nenhuma vacina autorizada para essa faixa etária.
Atualmente, a vacina Pfizer é a única com autorização para ser usada em adolescentes de 12 a 17 anos. Outros laboratórios solicitaram o aval da Anvisa, mas tiveram o pedido negado por falta de dados.
A Anvisa informou que o fabricante da Pfizer irá aplicar a vacina em dose menor, pois essa está sendo ajustada devido a uma nova formulação desenvolvida pela empresa. Essa informação foi repassada a agência durante a reunião de “pré-submissão” do pedido.
Por enquanto, não há data para o envio do pedido de autorização do uso da vacina em crianças de 5 a 11 anos de idade. De acordo com a Anvisa, a data depende do laboratório, porém, a expectativa é que ocorra ainda em novembro.
Após o pedido formal, a Anvisa terá até 30 dias para analisar os dados apresentados. Porém, esse período pode ser ampliado, caso seja necessário à apresentação de mais dados que comprovem a sua eficácia em crianças.
Os Estados Unidos autorizou no início do mês o uso da vacina da Pfizer em crianças com idade entre 5 e 11 anos. Porém, aqui no Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é que esse grupo comece a receber o imunizante a partir do próximo ano.
Porém, para isso é necessário que a Anvisa autorize o uso da vacina neste grupo ainda este ano. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, para a vacinação dessa faixa etária será necessária à compra de 70 milhões de doses.
O Instituto Butantan também informou que irá entrar com um novo pedido na Anvisa para a aprovação do uso da Coronavac em crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos. No mês de agosto, a agência negou o primeiro pedido do laboratório.