Leuvis Manuel Olivero levou tiros na cabeça e no abdômen enquanto caminhava pela Tijuca
Fábio Grellet
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o assassinato do escritor e capoeirista Leuvis Manuel Olivero, de 38 anos, morto no dia 10 de outubro, um domingo, enquanto caminhava pela Tijuca. Os atiradores passaram de carro, dispararam e fugiram sem serem identificados nem roubar nada. A partir de imagens de câmeras de segurança, a Delegacia de Homicídios conseguiu identificar a placa do veículo de onde partiram os tiros.
Olivero era autor de 11 livros, um deles em homenagem a Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em março de 2018. Nascido na República Dominicana, ele tinha cidadania norte-americana e morava no Rio havia cerca de 10 anos. Tinha uma filha de 9 anos e namorava uma brasileira.
Segundo familiares, Olivero tinha acabado de levar a filha à casa dos avós maternos e caminhava pela rua Baltazar Lisboa quando um carro passou e atirou em direção a ele. O escritor foi atingido na cabeça e no abdômen. Bombeiros foram chamados e tentaram socorrê-lo, mas quando chegaram a vítima já estava morta.
Olivero foi velado no cemitério do Catumbi, na zona norte do Rio, e depois seu corpo foi enviado para os Estados Unidos, onde moram seus pais e onde ele foi enterrado.
Na última segunda-feira, 18, a Delegacia de Homicídios ouviu depoimentos da namorada de Olivero, do pai dela e da irmã do escritor, que também está no Rio. O computador em que Olivero trabalhava foi levado à polícia para ser submetido a perícia. A família acredita em execução, mas não sabe quem teria motivos para matar o escritor, que segundo os familiares não tinha inimigos no Rio.