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Duas hidrelétricas no Rio Paraná correm risco de paralisação

Publicada em 12/10/21 às 16:27h - 177 visualizações

por TV Jundiai Hoje


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Duas hidrelétricas no Rio Paraná correm risco de paralisação Foto: Jonny Ueda / Futura Press  (Foto: TV Jundiai Hoje)
As usinas são as duas maiores hidrelétricas da região do Rio Paraná, que vem sofrendo com o baixo nível dos reservatórios
André Borges

As condições drásticas enfrentadas vividas na bacia do Rio Paraná, onde o transporte fluvial já foi comprometido devido à escassez hídrica, poderão levar à paralisação das hidrelétricas de Três Irmãos e Ilha Solteira, as duas maiores da região.

Dados deste domingo, 10, medidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que a hidrelétrica de Três Irmãos operava com uma cota de 320,96 metros. Conforme foi autorizado pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG), Três Irmãos, que está com menos de 2% de seu volume útil para geração de energia, está apta a funcionar até o limite mínimo de 319,77 metros. Em condições normais, a cota mínima para manter a usina em funcionamento sem comprometer suas turbinas é de 323 metros.
O cenário também é crítico na barragem de Ilha Solteira, que tem como referência de volume útil a cota de 323 metros definida pela Agência Nacional de Águas (ANA). Esse é o volume mínimo para não interromper o funcionamento da hidrovia Tietê-Paraná. Ocorre que o reservatório já opera bem abaixo disse e chegou ao fim de semana com apenas 319,97 metros. Eem caráter de exceção, o ONS está autorizado a manter a operação da usina até chegar à cota de 314 metros.

Mais do que recorrer à geração hidrelétrica de outras regiões para tentar equilibrar o sistema e evitar racionamentos, o setor elétrico tem colocado a toda carga as demais fontes de energia elétrica. Em níveis recordes, a geração térmica, produzida a partir de óleo diesel, gás, carvão mineral biomassa e nuclear - tem respondido diariamente por até 35% da produção diária.


As eólicas também deixaram de ser acessórias para, praticamente, atuarem na base do sistema, suportando cerca de 18% do consumo nacional de energia. Sem os ventos, portanto, é certo que o País já estaria no escuro.



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