Pela primeira vez desde abril do ano passado mais de metade da população em idade para trabalhar está ocupada, segundo o IBGE
A taxa de desemprego recuou para 13,7% no trimestre encerrado em julho, depois de bater em 14,7% no trimestre até abril. Apesar do recuo, o País ainda tem 14,1 milhões de pessoas em busca de um trabalho, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de pessoas ocupadas avançou 3,6%, chegando a 89 milhões. Com isso, o nível de ocupação subiu para 50,2%. "Essa é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no País", disse a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
No período também houve aumento nos postos de trabalho informais - a taxa de informalidade passou de 39,8% para 40,8% no trimestre encerrado em julho.
O emprego com carteira assinada avançou 3,5%, com mais 1 milhão de pessoas, somando 30,6 milhões. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o contingente aumentou 4,2%, com mais 1,2 milhão de pessoas ocupando uma vaga formal. Segundo o IBGE, é o primeiro aumento no emprego com carteira desde janeiro de 2020 na comparação anual.
O trabalho por conta própria manteve a trajetória de crescimento e atingiu o patamar recorde de 25,2 milhões de pessoas, um aumento de 4,7%. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o avanço foi de 17,6%. "Essa é a forma de inserção na ocupação que mais vem crescendo nos últimos trimestres na PNAD Contínua, embora o trabalho com carteira assinada comece a ter resultados mais favoráveis", afirmou Adriana.
O trabalho doméstico cresceu 7,7%, somando 5,3 milhões pessoas. Na comparação com o mesmo período de 2020, o aumento chegou a 16,1%. As expansões trimestral e anual foram as maiores em toda em toda a série histórica da ocupação dos trabalhadores domésticos.